Minas Gerais entra na agenda das Organizações das Nações Unidas (ONU). Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi uma das três cidades brasileiras selecionadas para fazer parte de um programa voltado para ações em áreas de vulnerabilidade social, para reduzir a pobreza. O projeto “Segurança com cidadania: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania” terá foco em crianças, adolescentes e jovens. O acordo de cooperação entre a prefeitura e o organismo internacional foi assinado quinta-feira.
Além de Contagem, também serão beneficiados os municípios de Lauro de Freitas (BA) e Vitória (ES). O trio deixou para trás 72 concorrentes. O programa é articulado pelas seis agências da ONU, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Ministério da Justiça. Os recursos são do Fundo Espanhol para Alcance dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Serão aplicados US$ 6 milhões (mais de R$ 10 milhões), em 36 meses.
Em Minas, as ações serão implementadas na região do Bairro São Mateus, local que ganhou destaque nos noticiários no início do mês de abril, quando traficantes de drogas impuseram um toque de recolher em quatro bairros (Confisco, Estrela Dalva, São Mateus e Tijuca). Na ocasião, comércio, postos de saúde e escolas ficaram fechados por nove dias, prejudicando 80 mil moradores. As vilas São Mateus e Mariano também serão contempladas. Os locais foram escolhidos com base no cruzamento de informações e dados socioeconômicos, no mapeamento de serviços ofertados e na existência de projetos e programas governamentais e não governamentais com as evidências concretas de violência.
O público-alvo da iniciativa são crianças, adolescentes e jovens, de 10 a 24 anos. Entre os critérios de vulnerabilidade, serão consideradas a exclusão do sistema educacional, as vítimas de violência doméstica ou familiar e o envolvimento com atividades relacionadas com drogas. A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), ressalta que esse é mais um passo das relações internacionais que Contagem começa a estabelecer. O primeiro foi o consórcio com o governo do Canadá, envolvendo mulheres vítimas de violência.
ParceriaDepois do fim do toque de recolher na região, houve uma grande intervenção da prefeitura, com a instalação de cozinha comunitária e projetos na área de urbanização e saúde, entre outras ações. “A parceria fortalece os investimentos da administração na região para devolver cidadania, alegria e justiça aos moradores”, afirma Marília.
As ações ainda serão escolhidas pela ONU, com base em indicadores e demandas, e depois apresentadas à equipe técnica da prefeitura. Além de fortalecer a capacidade local para prevenir e reduzir a violência e promover a convivência e cultura cidadã, o programa tem outras estratégias. Uma delas é estimular mudanças comportamentais sustentáveis a partir da prática de esporte, cultura e artes como meios de estímulo à convivência comunitária, participação e criação de vínculos sociais e de pertencimento.
Outra questão fundamental é difundir e implementar práticas de resolução pacífica de conflitos nas comunidades para prevenir a violência doméstica e social entre as mulheres e fortalecer as identidades étnico-raciais. E ainda reduzir fatores causadores de vulnerabilidade à violência entre jovens, crianças e adolescentes.
Segundo o diagnóstico do Programa Municipal de Proteção da Criança e Adolescente, o índice de homicídios de adolescentes em Contagem é elevado, o que demanda ao poder público e à sociedade os desafios de desenvolver estratégias e ações que contribuam para o enfrentamento da violência e fortalecer o processo de construção das políticas públicas e propostas concretas de intervenção na rede de proteção a esse grupo.
Além de Contagem, também serão beneficiados os municípios de Lauro de Freitas (BA) e Vitória (ES). O trio deixou para trás 72 concorrentes. O programa é articulado pelas seis agências da ONU, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Ministério da Justiça. Os recursos são do Fundo Espanhol para Alcance dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Serão aplicados US$ 6 milhões (mais de R$ 10 milhões), em 36 meses.
Em Minas, as ações serão implementadas na região do Bairro São Mateus, local que ganhou destaque nos noticiários no início do mês de abril, quando traficantes de drogas impuseram um toque de recolher em quatro bairros (Confisco, Estrela Dalva, São Mateus e Tijuca). Na ocasião, comércio, postos de saúde e escolas ficaram fechados por nove dias, prejudicando 80 mil moradores. As vilas São Mateus e Mariano também serão contempladas. Os locais foram escolhidos com base no cruzamento de informações e dados socioeconômicos, no mapeamento de serviços ofertados e na existência de projetos e programas governamentais e não governamentais com as evidências concretas de violência.
O público-alvo da iniciativa são crianças, adolescentes e jovens, de 10 a 24 anos. Entre os critérios de vulnerabilidade, serão consideradas a exclusão do sistema educacional, as vítimas de violência doméstica ou familiar e o envolvimento com atividades relacionadas com drogas. A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), ressalta que esse é mais um passo das relações internacionais que Contagem começa a estabelecer. O primeiro foi o consórcio com o governo do Canadá, envolvendo mulheres vítimas de violência.
ParceriaDepois do fim do toque de recolher na região, houve uma grande intervenção da prefeitura, com a instalação de cozinha comunitária e projetos na área de urbanização e saúde, entre outras ações. “A parceria fortalece os investimentos da administração na região para devolver cidadania, alegria e justiça aos moradores”, afirma Marília.
As ações ainda serão escolhidas pela ONU, com base em indicadores e demandas, e depois apresentadas à equipe técnica da prefeitura. Além de fortalecer a capacidade local para prevenir e reduzir a violência e promover a convivência e cultura cidadã, o programa tem outras estratégias. Uma delas é estimular mudanças comportamentais sustentáveis a partir da prática de esporte, cultura e artes como meios de estímulo à convivência comunitária, participação e criação de vínculos sociais e de pertencimento.
Outra questão fundamental é difundir e implementar práticas de resolução pacífica de conflitos nas comunidades para prevenir a violência doméstica e social entre as mulheres e fortalecer as identidades étnico-raciais. E ainda reduzir fatores causadores de vulnerabilidade à violência entre jovens, crianças e adolescentes.
Segundo o diagnóstico do Programa Municipal de Proteção da Criança e Adolescente, o índice de homicídios de adolescentes em Contagem é elevado, o que demanda ao poder público e à sociedade os desafios de desenvolver estratégias e ações que contribuam para o enfrentamento da violência e fortalecer o processo de construção das políticas públicas e propostas concretas de intervenção na rede de proteção a esse grupo.
Fonte: Portal Uai - Publicado em 16/07/2010
Comentário pertinente:
A prefeita de Contagem Marília Campos (PT) "afirma que está fortalecendo mais um passo das relações internacionais?"Ao meu ver não são estes tipos de laços internacionais que são interesssantes para uma cidade se ter com a ONU.Contagem está com um índice de violência altíssimo e um dos projetos da ONU para amenizar esse quadro é investir nas crianças e adolescentes das comunidades mais afetadas de Contagem, ai eu me pergunto,por que então a diguinissima prefeita não aceita o apelo do Estado de Minas e municipaliza o Projeto Curumim, revitalizando o centro e tirando várias crianças da marginalidade e das más influências da vida nas ruas, melhorando os programas de incentivos culturais e esportivos do centro para que as crianças e adolescentes de baixa renda da região possam desfrutar melhores oportunidades?
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